Diferentes tratamentos com antidiabéticos orais
Os medicamentos orais mais comumente usados para diabetes tipo 2 incluem: [1]
- Metformina: reduz a resistência à insulina e permite que o corpo use sua própria insulina com mais eficácia. É considerado o tratamento de primeira linha para diabetes tipo 2 na maioria das diretrizes em todo o mundo;
- Sulfonilureias: estimulam o pâncreas para aumentar a produção de insulina. As sulfonilureias incluem gliclazida, glipizida, glimepirida, tolbutamida e glibenclamida;
- Insulina: em casos mais graves da doença mal tratada, a insulina é uma forma de tratamento também para pacientes portadores de diabetes tipo 2;
- A chave do controle do diabetes tipo 2 é um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta saudável, atividade física regular, não fumar e manter um peso corporal saudável;
- Com o tempo, um estilo de vida saudável pode não ser suficiente para manter os níveis de glicose no sangue sob controle e as pessoas com diabetes tipo 2 podem precisar tomar medicação oral. Se o tratamento com um único medicamento não for suficiente, opções de terapia combinada podem ser prescritas;
- Quando a medicação oral não é suficiente para controlar os níveis de glicose no sangue, as pessoas com diabetes tipo 2 podem necessitar de injeções de insulina. [1]
Medicamentos | Como tomar | Como agem | Efeitos colaterais |
---|---|---|---|
Biguanidas Metformina Metformina XR |
Duas a três tomadas ao dia, preferencialmente junto às refeições. | Diminui a quantidade de glicose liberada pelo fígado, | Desconforto abdominal, diarreia. A apresentação de liberação prolongada (XR) causa menos efeitos gastrointestinais. |
Sulfonilureias Clorpropamida Glibenclamida Glipizida Gliclazida Gliclazida MR Glimepirida |
Uma a duas tomadas ao dia, junto às refeições. | Estimula o pâncreas para liberar mais insulina. | Hipoglicemia e ganho de peso. |
Meglitinidas Repaglinida Nateglinida |
Três tomadas ao dia. Devem ser tomados com as refeições. Se você pular uma refeição, ignore a dose. | Estimula o pâncreas para liberar mais insulina logo após uma refeição. | Hipoglicemia e ganho discreto de peso. |
Glitazonas Pioglitazona |
Uma tomada ao dia | Maior sensibilidade aos efeitos da insulina. | Retenção hídrica, anemia, ganho de peso, insuficiência cardíaca e maior risco de fraturas. |
Inibidores da alfaglicosidase Acarbose |
Três tomadas ao dia | Retardo da absorção de carboidratos. | Meteorismo (aumento de gases intestinais) flatulência e diarreia. |
Gliptinas (inibidores da DPP-4) Sitagliptina Vildagliptina Saxagliptina Linagliptina Alogliptina |
Uma a duas tomadas ao dia. | Aumento da síntese e secreção de insulina. | Os mais comuns são: faringite (infecção de garganta), infecção urinária, náuseas e cefaleia. |
Inibidores SGLT2 Dapagliflozina Empagliflozina |
Uma tomada ao dia | Inibe a reabsorção de glicose nos rins, aumentando, assim, a liberação do excesso de glicose na urina. | Infecção genital, infecção urinária e poliúria (aumento da quantidade e frequência da urina). |
Os medicamentos para diabetes tipo 2 não funcionam do mesmo jeito para todas as pessoas [2].
Algumas vezes, os medicamentos param de funcionar após alguns meses ou anos de uso e a causa não é cientificamente conhecida.
Quando isso acontece, é possível iniciar uma terapia de combinação com 2 ou mais medicamentos. Às vezes é necessário tentar mais de um tipo de comprimido ou uma combinação de medicamentos ou ainda a complementação com insulina para surtir o efeito desejado. [2]
De acordo com o ANAD, (Associação nacional de atenção ao diabetes) ”o custo da terapia com medicamentos é relativamente baixo em comparação com os custos de gerenciamento de complicações crônicas associadas a diabetes não tratada ou mal controlada. Nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 se beneficiarão de cada droga e nem todas as drogas são adequadas para cada paciente. Por esse motivo, pacientes com diabetes tipo 2 devem consultar o médico sobre a melhor opção de tratar e sempre lembrar da importância da dieta e do exercício físico no tratamento” [2]
Obs.: Não fornecemos nenhuma orientação quanto ao tratamento medicamentoso. O seu médico sempre deverá ser consultado
[1] GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ (ed.). Diabetes. 2018. Disponível em: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ (Paraná) (ed.). Diabetes. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus. Acesso em: 28 maio 2014.. Acesso em: 28 maio 2018.
[2] ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ATENÇÃO AO DIABETES (ed.). Remédio para diabetes- os mais usados no tipo 1 e 2. Disponível em: https://www.anad.org.br/remedio-para-diabetes-os-mais-usados-no-tipo-1-e-2/#:~:text=Algumas%20vezes%2C%20os%20medicamentos%20param,para%20o%20tratamento%20da%20diabetes.. Acesso em: 17 ago. 2017.