Importância do monitoramento dos rins
Qual é a importância do acompanhamento e o que eu posso sentir?
A Federação Internacional de Diabetes estima que a diabetes e a hipertensão juntas causam 80% dos casos de doença renal terminal em todo o mundo. Como a causa principal é a hiperglicemia mantida por muito tempo, cerca de 40% das pessoas que vivem com diabetes podem desenvolver doença renal ao longo de sua vida.
Em estágios iniciais, a doença renal do diabetes se apresenta sem sintomas, ou com sintomas não tão facilmente percebidos. Os primeiros sinais são:
- Albumina na urina (também indica um risco maior de doença cardíaca);
- Uso mais frequente do banheiro à noite;
- Alta pressão sanguínea.
Com o passar do tempo e avanço do estágio da doença, os sinais e sintomas costumam ser mais facilmente percebidos, como abaixo:
- Inchaço do tornozelo e perna (chamado de “edema”);
- Cãibras nos músculos, especialmente na perna;
- Fraqueza, palidez e baixa contagem de células do sangue (anemia) percebida em exames;
- Coceira;
- Enjoo de manhã, náusea e vômito;
- Menor necessidade de insulina e medicamentos para diabetes (o que não é bom, pois significa que seus rins não estão conseguindo separar a proteína adequadamente);
- Redução na taxa de filtração glomerular (TFG) com a perda progressiva da função renal (percebido em exames).
Além disso, os rins desempenham uma função de regulação da pressão sanguínea e da quantidade de líquidos presentes nos vasos. Como na doença renal do diabetes há uma retenção maior de líquido e sódio, ocorre um desequilíbrio desse mecanismo, podendo levar à hipertensão, causando mais carga ao rim, o que leva ao maior acúmulo de líquido e sobrecarga ao coração. Ou seja, a doença renal crônica também pode ser um fator de risco para complicações cardiovasculares.
Acredita-se que uma pessoa possa perder cerca de 90% da função dos seus rins até começar a sentir os primeiros sinais ou sintomas. Por isso, sempre faça os exames que seu médico solicitou para detecção precoce da doença e evitar uma evolução para a falência renal, que é quando os rins perdem a capacidade de fazer suas funções básicas.